segunda-feira, 21 de junho de 2010

O parquinho

No mesmo terreno onde se armavam os circos, também se montavam os parquinhos itinerantes. Sim, porque não havia Playland e o primeiro shopping mais próximo só iria aparecer na década de 1980.
Mas esqueça esses brinquedos modernos enclausurados num shopping. O lance era ao ar livre: passear no carrossel, pilotar um carrinho de bate-bate e girar loucamente no bicho-da-seda (joga no Google). Havia também aqueles aviõezinhos que sobem e descem presos num pedestal e a roda-gigante. Tudo isso acompanhado de um guaraná caçulinha, pipoca e maçã-do-amor.
Os parquinhos começavam a funcionar no finalzinho da tarde e acredito que o movimento permanecia até umas 10 horas da noite.
Ficávamos sabendo da chegada de um circo ou parquinho através de um carro que passava nas ruas anunciando datas, horários e atrações.
Não havia segurança porque no parque não havia portaria, nem entrada e saída. Os brinquedos já eram bem velhos naquela época (imaginem hoje!) e não posso garantir que havia manutenção deles. Mas a gente se divertia a beça e nem se preocupava com essas coisas.
Numa ocasião, um parquinho trouxe como atração a Monga. Sim, essa mesmo que vocês conhecem (quem nunca ouviu falar, por favor, vá ao Playcenter). Minha irmã e minhas primas resolveram encarar a transformação da bela em gorila e pasmem!, uma de minhas primas que vivia com bobs (Google novamente) gigantes nos cabelos, saiu correndo de medo e enroscou os benditos na corda de isolamento da saída da atração. O que pode ser pior: a Monga ou alguém sair com bob no cabelo? Assustadoras não?
É isso.
Fui!

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