terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Eleições

Quando eu era criança, os jingles das campanhas eram cantados por nós muitas vezes incorretamente, ou porque o candidato tinha um nome no mínimo peculiar, ou porque a gente não entendia mesmo o que dizia a letra. “Onem Quércia, Onem Quércia, do emedebê”. Gente, até hoje o nome Orestes me soa um tanto extravagante, digamos assim.
A escola que eu estudava virava uma festa pra mim e outros coleguinhas, que assim como eu, acompanhavam seus pais para votar e voltavam pra casa com adesivos de vários candidatos e de vários partidos, colados na camiseta, na calça, na saia, no braço, onde tivesse espaço. Além de ficarmos “catando” os santinhos espalhados no chão, até juntarmos um monte e fazermos o famoso ALELUIA! Mas a glória era ganhar uma camiseta de propaganda do candidato! Aí era o ápice!
Eu fazia boca de urna para todos os candidatos, de graça e sem saber que era proibido. Mas não porque era recrutada, mas porque além de “reespalhar” a papelada jogando pro alto, também achava o máximo entregar os panfletinhos pras pessoas. Algumas, sabendo da procedência (o chão, nesse caso), se esquivavam. Outros achavam uma gracinha e acabavam aceitando a oferta.
Será que eu consegui convencer alguém a votar em algum desses candidatos? Tomara que não...
Fui!

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