sábado, 20 de março de 2010

Passeando

(agradeço aos amigos que tem lido e opinado a respeito do meu blog. Até agora não recebi nenhuma crítica, o que não significa que esteja no caminho certo.
Quero responder algumas questões:
- eu nasci em 1971, em plena Ditadura Militar, o que significa que minha infância se passa durante a década de 70;
- sim, eu vou contar histórias envolvendo meus amigos, mas suas identidades serão SEMPRE preservadas;
- não, nada de pessoas que não valem a pena. só histórias que me trazem boas recordações.
Não sei quantos posts serão necessários para ilustrar minha infância, portanto, tenham paciência. Mais dia, menos dia, vocês se verão retratados aqui)

Antes de eu nascer, meus irmãos tiveram seus cães de estimação, mas com a morte deles e a dor da perda causada em seus filhos, minha mãe decidiu que NUNCA mais queria saber de "bicho em casa".
Mas meu pai sempre gostou de cães e nos nossos passeios ele sempre se arriscava fazendo um carinho nos cachorros que encontrava pelo caminho, mesmo os que estavam presos em seus quintais, atrás das grades dos portões. Eu morria de medo!!! Sempre esperei que o cachorro a ser afagado não entendesse as boas intenções do meu pai e lhe fincasse os dentes, mas isso nunca aconteceu. Mesmo assim, até hoje, prefiro manter uma distância segura dos portões onde sei que há um cachorro do outro lado, ainda que só para não ouvi-lo latir.
Ah, e as balas? Sim, meu pai sempre comprava uma balas de côco, daquelas cobertas com acuçar queimado, sabe? (não sabe? se eu encontar alguma imagem, colo abaixo do post). Era um pouco dura a casquinha, principalmente a parte de baixo, onde escorria o açucar, mas era simplesmente uma delícia! Ainda hoje tem gente vendendo por aí, mas eu nunca comprei. Talvez aquela fosse tão gostosa pelo fato de ser ganhada, de significar que mais um passeio havia terminado, da despreocupação com prazo de validade ou da procedência duvidosa.
Acredito que depois que nos mudamos da primeira casa, esses passeios tornaram-se mais raros, pois fomos morar numa parte mais baixa do bairro e para ir ao comércio era necessário subir uma ladeira e tanto.
Obrigada pai, por me trazer essas lembranças tão doces!
Fui!


Balas de côco (tem tudo nessa internet!)

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